sexta-feira, 29 de julho de 2016

Somos muitas Catarinas

Somos muitas mesmo.

E o que isso significa?
Significa que somos muitas Catarinas, Marias, Gislaines, Clarissas...Muitas mulheres que merecem ser ouvidas, com suas pluralidades e especificidades. Mulheres que precisam que suas alegrias, conquistas, dores, memórias e fatos  sejam relatados com verdade.

E essa verdade é uma escolha das mulheres que inauguraram o Portal Catarinas, neste último dia 28/07/2016. Um jornalismo comprometido com a importante discussão sobre gênero e feminismos, e que estava faltando nesta sociedade arraigada de conceitos machistas. A relevância dessa mídia alternativa na vida de tantas mulheres/homens tem um impacto fundamental na visibilidade de movimentos sociais feministas, porque mostrá-los com a propriedade devida é o objetivo destas Catarinas. Coisa que a mídia hegemônica não faz...

Somos muitas.
Muitas mulheres. Muitas guerreiras. Muitas trabalhadoras. Muitas Catarinas.
Somos muitas a fazer valer nossos direitos humanos. E que nossa luta pela igualdade de respeito não seja vã, que o Portal Catarinas possa registrá-la de forma assertiva, fundamentada na liberdade emancipadora.

Parabéns, Catarinas!

beijocatarina.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Para onde vai nossa democracia?

Gente, outra data folclórica... 17 de abril de 2016. Foi um dia assustador.

Tirando as pessoas boas que fazem aniversário nesta data, o que aconteceu ontem eu não esperava ver em pleno século XXI.

Estamos vivendo um triste contexto no país. Nossa presidenta, eleita com mais de 54 milhões de votos de brasileiros e brasileiras - em 2014 - está sofrendo uma série de acusações, sem confirmações legais, e está com seu cargo a perigo. Isso me impressiona muito, porque sem confirmação de culpa, com gente da direita querendo tirar seu mandato, para onde vai nossa democracia?

Primeiramente, ela merece meu respeito por ser mulher. Poderia ser a minha mãe ou a sua.

Em segundo, acredito na democracia, ou seja, no governo do povo, no qual os cidadãos podem participar diretamente da coisa pública (ver http://www.portalconscienciapolitica.com.br/filosofia-politica/).

Em terceiro, acreditava que vivíamos e um país laico. Até ontem. Com a votação do impedimento desta presidenta, na câmara dos deputados, eu refiz o meu pensamento. Com vários discursos "em nome de deus" e de "causas pessoais", observamos que o povo não sabe "participar da coisa pública", escolhendo um bando de patifes como deputados. 

Seria cômico se não fosse trágico. Precisamos refletir: para onde vai nossa democracia?

Eu votei nessa mulher por muitos motivos. Não vou especificá-los aqui, mas queria muito que ela continuasse o trabalho do Lula. Um trabalho que atendeu ao povo brasileiro. 

Um trabalho que fez chegar a energia a muitos nordestinos, e quando visitei aquela região pude perceber. Parece bobagem para quem mora no sul.
Um trabalho que criou o bolsa família, e que conheci de perto quando uma mãe na escola do Ribeirão (na qual sou trabalhadora da educação), chegou lá dando graças a Deus por ter dois filhos na escola e ganhar esse benefício, pois o marido a tinha abandonado e ela tinha mais dois filhos pequenos de colo. Ou seja, ela não podia ir trabalhar, para cuidar dos filhos, mas tinha o bolsa família para colocar comida em casa. Parece bobagem para quem mora no sul. E quem somos nós para ser contra ou julgar que esse programa não serve???

Enfim, acreditei no que Dilma disse:
Meu compromisso supremo [...] é honrar as mulheres, proteger os mais frágeis e governar para tod@s!"

E não me arrependo, porque muito ela fez sim. E vai continuar fazendo, se esse congresso deixar...
Só espero que as pessoas que votaram naqueles deputados com discursos sexistas, fascistas, egoístas e horripilantes se arrependam um pouquinho. E saibam participar melhor da democracia na próxima eleição.

Agora é trabalhar  pela continuidade da nossa democracia e na educação dos nossos jovens, para que possam amadurecer sua consciência política e tentar escolher melhor, daqui para frente, nossos representantes. 
E por mais erros que a esquerda possa cometer, ainda acredito na democracia pela esquerda. 
Que é para onde ela deve ir.

beijocademocrática.


segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Ano bissexto!

Olha só! Que data folclórica para uma postagem!

Agora, só daqui a quatro anos... brincadeira! Mas sei que estou relapsa com minhas próprias postagens. A última foi em outubro do ano passado.

E até deixei de colocar a 4ª edição da Revista Brigadeiro aqui!
Entretanto podemos conferir em
https://issuu.com/revistabrigadeiro/docs/revista_4_ed
;)


Mas, já estamos em 2016, outro ano recomeçou.
Um ano que espero que seja de visões menos distorcidas, principalmente em relação à política. Muitas asneiras sendo reproduzidas e a mídia mais influenciadora possível para um temeroso golpe de direita fascista. Isso me assusta.

Um ano que espero menos violências. Contra as mulheres e a juventude, contra a desigualdade social e as identidades de gênero. Alguns seres humanos não parecem ser da mesma espécie que eu.

Em tempos de atrocidades, considero que menos é mais.

E mais educação de qualidade e professor@s mais humanos são fundamentais para as mudanças sociais.

Bom é ver as sementes plantadas - nos nossos alunos - florescendo.

Beijocade2016.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Revista Brigadeiro!

Ano passado não coloquei aqui a terceira edição da Revista Brigadeiro - gostosa e educativa.

Ela foi elaborada pelos alunos do 8º ano vespertino da EBM Brigadeiro Eduardo Gomes e com a parceria da profª Greyce, da sala informatizada.

Agradeço também a grande colaboração da Profª Rosana Arruda que sempre acreditou no diferencial deste projeto

Confira:

http://www.youblisher.com/p/1039273-Revista-Brigadeiro-E-gostosa-e-educativa/

Este ano está perto de chegar a quarta edição!

Aguarde!

beijoderevista.


sábado, 10 de outubro de 2015

Quanto tempo!

Nossa!

Essa vida em rede social virtual acaba com a gente.
Fala sério! É muito login, senha, amizade virtual e vários aplicativos. O blog, que era pra ser um "diário", - daqueles que gente preenchia a mão antigamente, - ficou meio obsoleto... É povo, é a tal da obsolescência programada, que acho que não serve só pra eletrodoméstico não. Além disso, o povo tem de dar conta de tanta coisa pra ficar em dia com a tal modernidade...

Com essa loucura de hoje, parece que gentileza, amor e respeito estão ficando obsoletos também. É cada coisa inacreditável que a gente vê escrito por aí, nas tais redes sociais. Sociais que refletem uma sociedade doente e muito preconceituosa. #medo

Acho que foi meio por isso que dei um tempo de escrever. Já que aqui é tudo 0800, capaz de falar alguma coisa e ter um monte de maluco me enchendo o saco. E... não tô podendo. Agora estou estudando. Fazendo o mestrado na Udesc, com uma professora demasiada humana. Difícil de se encontrar por aí.

Ainda bem que dei muita sorte. Encontrei alguém para me orientar por meio da gentileza, amor e respeito. Nem tudo está perdido ainda. Tenho saudades dos meus alunos queridos.

E já fica aqui minha homenagem, mesmo virtual, para todos os professores que fizeram parte da minha caminhada e, em especial, para minha professora deste novo desafio: Sonia Melo.
O mundo virtual está aí, mas nada como um abraço presencial - que não fica obsoleto nunca! - em um ser humano de verdade, para melhorar nosso dia.

E Feliz dia do professor!
Dica: Documentário "Educação Proibida"


beijoeabraço.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Leitura na sala!

Oi gente.

Chegamos em novembro. Que ano! Foi copa, eleição, desafios...

E também um ano de muita leitura. Na sala de aula eu leio. Tu lês. Eles leem.

A turma 71, hoje, pode apreciar "Crônica de gatos", do autor catarinense Rubens da Cunha.

Quem já não teve um gato? Eu, como gatófila, já tive vários e cada um tinha a sua personalidade. O livro é muito interessante, porque traz a história de um gato leitor e outro que lê pessoas. Sem contar a ilustração, que faz a gente se perder no livro...

Sugestão: ler o livro e visitar o blog dele para conhecer um pouco deste poeta pouco comum. http://casadeparagens.blogspot.com.br/

Fica a dica.

beijodegato.



sexta-feira, 25 de julho de 2014

Olimpíada de Língua Portuguesa

Oi povo.

A Olimpíada da Língua Portuguesa está acontecendo nas escolas. Quem quiser acompanhar, pode acessar https://www.escrevendoofuturo.org.br/. O objetivo é a produção textual de um gênero literário para concorrer com outros textos de alunos de todo o Brasil!
Eu trabalhei com o gênero Memórias, nos sétimos anos que leciono. Foi muito bom fazer as oficinas e entrevistas com as pessoas que trouxeram suas experiências de vida para a sala de aula... Escolhi uma das entrevistadas para produzir meu texto:

Nossa cozinheira!

A escola onde trabalho tem uma cozinheira escolar que é boa de boca. Quando ela entrou na sala de aula, com aquele jeitinho simpático de todo dia, vi que a conversa ia longe. E foi mesmo. Durante uma hora e meia, a dona Lourdes, além de ser ótima cozinheira, se revelou ótima de prosa...

“Eu sempre morei no Ribeirão da Ilha, numa casa pequena, que chovia muito dentro. Nasci naquela casa mesmo, com a parteira, num parto muito difícil, onde minhas tias tiveram que fazer simpatia para ajudar, segundo a minha mãe. Ela contou que nasci muito inchadinha no rosto, então ela colocava seu cuspe para sarar. Era coisa da época!
Minha infância foi simples, mas muito bem aproveitada. Era gostoso estudar de manhã, fazer as atividades de casa à tarde e brincar de carta à noite, com meus pais, já que naquele tempo não havia TV, então nós criávamos nossas brincadeiras e ficávamos bem juntos. Até recordo que eu e meus dois irmãos mais velhos colocávamos o menorzinho em um cobertor para lustrar e encerar a casa toda. Era uma diversão só!
Já na escola, eu me lembro da minha melhor amiga: a Maurina. Ah! A Maurina era meu anjo da guarda! Ela me defendia das meninas que implicavam comigo, daquelas que o “santo” não batia, sabe? E lembro que eu gostava da matéria de português, que tinha que cantar o hino nacional todo dia, que tinha sagu na merenda e que a gente só podia fazer até a quarta série. O que era uma pena, porque eu queria estudar mais. Este era meu maior sonho. Mas consegui realizá-lo mais tarde, de uma maneira ou de outra, me tornei adolescente de novo quando fui cursar, depois de mais velha, o EJA – Educação de Jovens e Adultos.
Naquela época, como morava perto do mar, a minha família dependia muito dele. Eu tinha que tirar o berbigão para comer e plantar a mandioca, para produzir farinha. E era uma fartura de farinha. Nossa! Lembro que eu adorava a galinha caipira que minha mãe fazia, com o delicioso pirão de feijão! Confesso que era boa de boca mesmo! E em tudo ia farinha, porque servia de alimento para sustentar a todos. E além da comida, eu adorava o carnaval e as festas que aconteciam no trevo do Zeca do Candonga, com a famosa Banda da Lapa, que agitava e deliciava os ouvidos do povo que passava naquela rua enfeitada por bandeirolas.
Não faria nada diferente na minha vida. Dormi em colchão de capim e travesseiro de macela. Ia a pé para escola – mesmo longe – e ajudava em casa de segunda a sexta-feira. Minha mãe fazia renda de bilro e meu pai trabalhava pelo Estado. Ou seja, a vida não era fácil, mas era doce, como o sagu da escola. Agradeço a meus pais, a meu marido e meu filho, por todas as alegrias que tive nesta vida.”

Na verdade, quem tem de agradecer algo somos nós. Expectadores de histórias tão bonitas e sinceras, compartilhadas pela profissional que faz o alimento, com carinho, todo dia da nossa merenda, e que se revelou uma sábia em alegria de viver. Eu, como professora, deixo registrada minha admiração e respeito pela caminhada da minha colega de trabalho, que vai deixar marcas nas minhas memórias também.

Profª Aline Zilli – texto baseado nas memórias de
Lourdes Bernardina de Barcelos (59 anos)


Entrevista com d. Lourdes na sala de Português - participação da supervisora Raquel

Alunos da turma 71 - Batista Pereira - anotando tudo!

Dia especial - boa de papo!


Obrigada pela simpatia e alegria!

Livro trazido pela nossa querida Lourdes


beijomemorável!