terça-feira, 26 de maio de 2009

hora de partir...

Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir

Começo esse post com a música do Chico. E retiro dali o partir.
Partir... esse verbo que pode significar ir embora, ou um eufemismo ( de morrer), ou ainda, o partir o coração de alguém.

O primeiro é natural. Todos vão embora em algum momento. Estamos sempre indo embora de casa, ou de algum lugar.
O segundo também é natural. Por mais que não queremos que isso aconteça. As pessoas partem fisicamente, deixando um grande vazio em nós. Hoje é minha cachorrinha. Amanhã pode ser uma pessoa amada. Devemos aceitar isso de uma maneira adequada (na medida do possível...). Assistam ao filme Antes de partir, do diretor Rob Reiner, e reflitam sobre o que podemos fazer para garantir nossa entrada no "paraíso" (digamos assim...), que segundo os egípcios 2 perguntas devem ser feitas: 1- vc teve muitas alegrias na sua vida? - 2-vc deu alegria pra vida de alguém? Não é pra ser mórbida (não!), mas só pra que possamos pensar um pouquinho.
Já o terceiro significado de partir... também é natural. Claro. A partir do momento que nos envolvemos sentimentalmente com as pessoas, estamos propensos a partir o coração de alguém. Ou alguém partir o nosso. Mas a vida é isso. Antes de partir, viva cada momento como se fosse um sonho, que vc pode acordar a qualquer hora e partir seu coração de tão bom que foi.

Viver e partir. Faz parte.

Finalizo com a mesma música...

Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir.

beijodahora.

domingo, 3 de maio de 2009

mês de maio

Esse mês é conhecido como o mês das mães, das noivas e, consequentemente (sem trema!), do amor. Portanto, podemos considerar maio um mês relevante, já que o associamos a tantas coisas boas.
Pensando nisso, lembrei de um texto que recebi de uma sábia amiga. Uma mulher que admiro muito e que me enviou por email o texto abaixo. Escrito por outra grande mulher, Martha Medeiros.
Aproveitem. Para pensar(mos).

A IMPONTUALIDADE DO AMOR
"Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha. Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa? Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida.
O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa. O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.
A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender."

beijorimacomdesejo.